CEPs aprofundam debate em torno do Pacto Profissional e Social

19 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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CEPs aprofundam debate em torno do Pacto Profissional e Social

Reunidos em eventos preparatório e nos Congressos Estaduais de Profissionais (CEPs), cerca de 25 mil integrantes do Sistema Confea/Crea deram o tom aos debates que vão acontecer no 6º Congresso Nacional (CNP) a ser realizado em primeira etapa entre 15 a 18 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ).

Em defesa do “Pacto Profissional e Social”, tema que orienta os eixos principais do evento nacional, participantes nos diversos Estados vão apresentar cerca de 300 propostas visando a reestruturação do sistema, discutindo o papel das profissões e dos profissionais, com o objetivo de melhorar sua interação com a sociedade.

“O país pede um novo projeto de desenvolvimento, o que não vem acontecendo nos últimos 30 anos. O que vemos é uma concentração de investimentos no setor financeiro em detrimento do setor produtivo. E isso tende a inviabilizar as ações do governo”, destacou o presidente do Confea, eng. Marcos Túlio Melo, durante o 6º CEP do Amapá (AP) realizado em maio.

Para melhor intervenção nesse processo, ele explicou que os eixos temáticos do CNP, voltados para um “Pacto Profissional e Social”, pretendem fortalecer as associações de profissionais e sindicatos, aproximando-os das demandas sociais.

A presidente do Crea-DF, eng. civil Lia Sá, considerou que os debates e reflexões nos CEPs vão permitir ao Sistema Confea/Crea construir este Pacto Social e Profissional. “É inconcebível que o maior conselho profissional do Brasil não consiga se fazer presente no cenário nacional. Os congressos permitem buscar caminhos para a valorização. Isso só será possível a partir de um pacto”, argumentou.

O mesmo entendimento tem o presidente do Crea-MA, Raymundo Portelada. Ele enfatiza que os profissionais precisam ter consciência do seu papel para que possam contribuir com “a construção de um projeto nacional de desenvolvimento”. Já o presidente do Crea-SP, eng. José Tadeu Silva destaca a necessidade de se construir um projeto de acordo com o que a sociedade espera. “Precisamos de um projeto que mude nosso país”, sublinhou Tadeu.

Ao fazer referência ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal em janeiro, prevendo investimentos da ordem de R$ 504 bilhões em obras de infra-estrutura, o presidente do Crea-MG, eng. civil Gilson de Carvalho Queiroz Filho, considera o momento favorável para que os profissionais adotem uma postura mais eficaz no seu papel de construção de um modelo sustentável de desenvolvimento.

Para o presidente do Crea-PI, eng. José Borges de Souza Araújo, a participação dos profissionais na elaboração de um projeto nacional de desenvolvimento sustentável será o assunto mais importante do CNP. “Isso requer grande envolvimento, com apresentação de propostas que correspondam às expectativas não apenas dos cidadãos do Estado, mas também do país”, ressaltou.

Já o presidente do Crea-SC, eng. agrônomo Raul Zucatto, foi taxativo durante o CEP, que ocorreu em maio em seu Estado: “a participação de todos nós nessas discussões não é apenas um exercício de cidadania. É um imperativo ético e moral. Não podemos assistir inertes a essa situação do descalabro institucional por que passa o país”.

Fonte:Confea