Câmara Setorial Temática debateu Movimento Pró-Logística para Mato Grosso

10 de dezembro de 2019, às 14h43 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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A 6ª reunião ordinária da Câmara Setorial Temática (CST) de Engenharia e Agronomia debateu , segunda-feira, 09 de dezembro,  sobre a logística inclusiva para o desenvolvimento sustentável, econômico, social e ambiental para Mato Grosso, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT)

Na oportunidade, o diretor executivo do Movimento Pró-Logístico (MPL) de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira, realizou uma palestra explicando que o estado tem nos dias de hoje, um dos maiores custos de transporte do país. “O estado enfrenta grandes problemas quando o assunto é logística. Muitas rodovias não têm a mínima condição de uso e prejudicam o escoamento da safra de grãos, que mais uma vez promete ser recorde. Com o objetivo de melhorar essa situação, o Movimento Pró-Logística vem trabalhando desde 2010 em alternativas de escoamento da produção”, apontou Edeon.

“O movimento foi criado em agosto de 2009 e conta com parceiros importantes, como, por exemplo, o Crea-MT e a Aprosoja. Sua missão é divulgar a logística no estado e articular junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para implementação de manutenção de obras (rodoviárias, ferroviárias, hidroviárias e portos), que possibilitem a redução do custo do frete no setor produtivo e na comunidade em geral permitindo os produtos chegarem no mercado internacional com preços mais competitivos”, afirmou o diretor.

Durante a palestra, Edeon Ferreira mostrou que as alternativas para escoar a produção de Mato Grosso reduziriam drasticamente o preço do frete cobrado. O Movimento Pró-Logística, formado por representantes de produtores rurais, indústrias, comércio, sociedade civil organizada, além de parlamentares, vem trabalhando desde 2010 para encontrar saídas para resolver os problemas de logística.

“Sem dúvida alguma, os maiores problemas que temos no estado, além das limitações tecnológicas que a cada ano está melhorando e resolvendo os problemas, é que o produtor de Mato Grosso é muito competente da porteira para dentro, mas, infelizmente, ele perde da porteira para fora, onde depende da infraestrutura logística no Brasil. Acredito que já estivemos bem pior, pois já conseguimos uma melhoria significativa nos últimos dez anos”, apontou Ferreira.

Na ocasião, o diretor executivo disse que o estado possui um dos maiores custos do país. “Só para ter uma ideia, o frete de Canarana, interior de Mato Grosso, até o Porto de Santos chega a R$ 235 por tonelada. São 1,9 mil quilômetros. Na Argentina, o produtor que precisa atravessar a mesma distância custa R$ 92 por tonelada. Nos Estados Unidos, o valor do frete cai ainda mais, são R$ 72. Três vezes menos que no Brasil”, falou ele.

Ferreira comentou ainda que, em 2017, o país exportou 98 milhões de toneladas de soja e milho e citou como exemplo que em um país de dimensões continentais como o Brasil, economias com a logística podem vir a representar o diferencial de sustentabilidade para o agronegócio.

“Temos uma hidrovia totalmente adequada para escoamento de grãos no país, que está situada no rio Tietê, com a eclusa em Barra Bonita (SP), as demais hidrovias necessitam de melhores infraestruturas”, assinalou o diretor do MPL.

O presidente da CST, engenheiro agrônomo Marcelo Cesar Capelotto, destacou que a equipe técnica da câmara temática já programou para entregar o relatório final sobre os eixos planejados em 2020.

“Dentro desses eixos, já tivemos passando por nossas reuniões representantes do Imea, Empaer, Sedec, entre outros. E agora a logística do estado, que passou informações importantes para nós. Até o momento, nós trabalhamos com três segmentos: tecnologia de aplicações voltada para sustentabilidade, cinturões verdes de médios e pequenos produtores de Mato Grosso e logística”, finalizou Capelotto.

Igor Bastos/Equipe de Comunicação do Crea-MT, com informações AL-MT.