Bovespa recua 0,57% e dólar sobe 0,96%, a R$ 1,986

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) abre os negócios de quinta-feira em território negativo, em meio a um pessimismo dos investidores de que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) vá realmente reduzir a taxa básica de juros em sua próxima reunião.

Para muitos analistas, o afrouxamento da política monetária da maior economia do planeta é a “saída” mais rápida para acelerar o fim da crise provocada pelo mercado de crédito imobiliário americano.

O Ibovespa, principal indicador da Bovespa, retrocede 0,57%, aos 52.434 pontos. Ontem, a Bolsa brasileira fechou em alta de 2,11%. O dólar comercial é negociado a R$ 1,986 para venda, em alta de 0,96%. Ontem, a taxa de câmbio foi de R$ 1,967 nos últimos negócios, com recuo de 1,74%.

“Um artigo publicado no [diário econômico americano] Wall Street Journal mostrando que o Fed pode não vir a socorrer os mercados com uma queda nos juros, está fazendo com que os mercados comecem o dia com certo pessimismo”, aponta a corretora Spinelli, em boletim sobre o mercado.

Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revisou para cima sua estimativa para a taxa de crescimento econômico no segundo trimestre, de 3,4% para 4%, em linha com as expectativas de analistas do mercado. O órgão explicou a revisão devido ao desempenho da balança comercial e a investimentos de empresas acima do previsto.

O Departamento do Trabalho americano informou que o número de solicitações de auxílio-desemprego somou 334 mil na semana passada, o que representa um incremento de 9 mil pedidos entre as duas semanas anteriores. O número supera com folga as projeções de economistas, que esperavam um total de 320 mil solicitações para semana passada.

No front doméstico, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) revelou o ICI (Índice de Confiança da Indústria) atingiu nível recorde em agosto, batendo a marca dos 121,8 pontos ante 121,7 em julho. Segundo a FGV, “o resultado revela que a indústria continua aquecida e com boas perspectivas para os últimos meses do ano”.

Fonte:Folha News