Ambientalistas elogiam sistema público de monitoramento

6 de setembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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A liderança de Mato Grosso no controle ambiental foi ressaltada esta manhã pelo grupo de ambientalistas internacionais que visita o Estado. Ao conhecerem o Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (Simlam), na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), afirmaram que muitos países tentaram colocar em prática o mesmo procedimento e, ao contrário de Mato Grosso, não tiveram sucesso.

O secretário do Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan, expôs para o grupo que o sistema permite qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, acompanhar via internet o processo de licenciamento de propriedades rurais e empreendimentos. Foi desenvolvido como piloto em Mato Grosso e se tornou referência para outros estados e até países.

Exemplo são os termos de cooperação já firmados com o Pará e Rondônia e a busca de informações da Indonésia, que em outubro retorna ao Estado com uma equipe técnica e também assinará um termo de cooperação. O estado do Pará, por sinal, já começou a implantar o sistema de monitoramento, mas ainda não o tornou público como o de Mato Grosso.

Durante a visita, Daldegan também destacou para os ambientalistas os percentuais de Reserva Legal na Amazônia Legal, sendo 80% nas áreas de floresta e 35% no cerrado. Também foi discutido o Pacto Ambiental firmado no mês passado com a Aprosoja, que tem como um dos principais pontos a garantia de que até 2010 não haverá mais soja plantada em Área de Preservação Permanente (APP). O presidente da Aprosoja, Rui Prado, que acompanhou a visita dos ambientalistas, destacou a busca do setor para se adequar à legislação brasileira, com isso manter o mercado Europeu e abrir novos mercados como conseqüência do respeito ao meio ambiente.

Daldegan enfatizou ainda, que a licença ambiental concedida, já está disponível em um sistema e pode ser consultada em todo mundo, funciona como uma espécie de “grande selo verde” da soja de Mato Grosso. “É o documento que aquele produto está dentro da lei”.

O grupo de ambientalistas, formado por Patrick Moore, um dos fundadores do Greenpeace e que hoje preside a Organização Não Governamental Greenspirit e componentes da ONG Rain Forest Maker estiveram ontem com o governador Blairo Maggi e se reúnem ainda hoje com o secretário de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato, para conhecerem o Programa MT Regional. O grupo ainda fará um sobrevôo de helicóptero em Chapada dos Guimarães, na área atingida pelo incêndio.

O objetivo da visita ao Estado é conhecer as políticas ambientais e a real situação do meio ambiente, com a meta inclusive de corrigir informações distorcidas que são veiculadas em nível mundial. Eles trabalham com a divulgação de boas experiências, que aliam preservação e desenvolvimento sustentável.

Fonte:Secom/MT