Regional Mato-grossense presente na 4ª e última reunião do ano da CCEGEM

10 de dezembro de 2021, às 12h13 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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A Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Geologia e Engenharia de Minas (CCEGEM) concluiu sua 4ª e última reunião do ano no início deste mês de dezembro. O Crea Mato Grosso foi representado pelo conselheiro, geólogo Sinvaldo Gomes. O encontro    contou com a participação remota de alguns coordenadores, embora a maioria estivesse presente ao plenário do Crea-CE.

De acordo com o conselheiro Sinvaldo entre os temas abordados na reunião foi destacado sobre judicialização com o Conselho Federal dos Técnicos, bem como a fiscalização nas “modalidades não urbanas.  “ Na oportunidade, a Coordenadoria aprovou a proposta de retomar o Grupo de Trabalho Barragens, baseada no GT do Confea anterior”, disse Sinvaldo.

Segundo o coordenador João Augusto Hilário, do Crea-MG, o país tem cerca de 500 barragens de rejeitos cadastradas de cerca de 800 barragens com essa finalidade, em um universo de 20 mil barragens com diversos fins. “Mas se considerarmos todos os pequenos açudes, diques e outros, há uma estimativa de que poderiam chegar até 100 mil”, diz.

Hilário aponta que, com o rompimento das barragens de Mariana, em 2015, e do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 2019, o Sistema precisa reforçar a fiscalização nas barragens e buscar entender o que aconteceu. “No caso de Minas Gerais, nós tivemos que fazer a avaliação ética de todos os profissionais envolvidos. E para fazer essa avaliação, se a gente não tiver por dentro do assunto, nós vamos ficar até sem saber o que falar.

Para o coordenador da câmara de Geologia e Engenharia de Minas do estado das tragédias, o Sistema precisa marcar a sua posição, buscando manifestar-se com uma postura mais séria em relação ao grande problema. “Só isso já justifica um GT onde profissionais sistematicamente decidirão todos os assuntos relativos à questão de barragens de rejeitos. E mais uma série de outros. Inclusive, um deles nós não conseguimos completar que é uma proposta de discutir melhor os diversos tipos, portes e riscos de barragens, conforme a nova legislação, e a participação das várias modalidades dos profissionais”.

Hilário cita o exemplo da prática internacional, que criou uma série de categorias de engenheiros e responsáveis de diversos níveis. “Nós podemos até deixar apenas a atribuição, mas precisamos entender e acompanhar tudo isso. À medida que vamos nos posicionando, as entidades e universidades começam a fazer convites, o que possibilita que a gente fale de outras atividades da Geominas e do Sistema. Nós temos a qualificação para tratar a barragem como uma parte do empreendimento mineral como um todo, e não apenas o maciço”, pon

Presente na reunião, o conselheiro   federal eng. minas Renan Azevedo, classificou como “problemática”, devido às suas condições, incluindo a logística. “No entanto, nós temos que treinar nos nossos regionais a fiscalização inteligente, utilizando a internet para que a gente consiga melhorar a nossa fiscalização, já que a fiscalização in loco dessas atividades demanda mais planejamento, mais tempo e mais pessoal”.

O cadastro mineiro e as parcerias com os órgãos ambientais foram sugeridas por ele para melhorar os índices de fiscalização na câmara. “Outra coisa que a gente vem trabalhando no Confea é a efetiva utilização do Registro Nacional de Profissionais (RNP) por meio da unificação do sistema nacional de profissionais. Assim, a gente pode aproveitar esse dado coletivo, que hoje não existe, para aprimorar a fiscalização”.

Outras informações

Cristina Cavaleiro/ Gerência de Relações Públicas, Marketing e Parlamentar (GEMAR) com informações e fotos do Confea