25 beneficiadoras de arroz em MT fecham as portas

12 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O Estado de Mato Grosso perdeu aproximadamente 1,250 mil postos de trabalho entre dezembro de 2005 e dezembro de 2006 com o fechamento de 25 beneficiadoras de arroz. O setor está declaradamente em crise e quer auxílio do governo. O setor pede aumento do incentivo do Programa de Desenvolvimento da Indústria do Arroz (Proarroz) de 75% para 90%. Hoje, as empresas pagam 3,24% da alíquota cheia de 12% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao produto vendido para fora do Estado. Se o benefício for elevado, o imposto devido será de 1,2%. As vendas internas são isentas do pagamento do ICMS desde o início de 2003, por decreto governamental, que visava reduzir o custo da cesta básica. Os problemas da indústria do arroz foram discutidos ontem em reunião da Comissão de Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa.

Segundo o Sindicato do setor (Sindarroz) apresentou na reunião, Mato Grosso saiu de uma produção de 2 milhões de toneladas há quatro anos para 680 mil nesta safra. Resultado que fez com que o Estado caísse de 2º para o 4º lugar no ranking de produção no país. Outro efeito, conforme o presidente da entidade, Joel Gonçalves Filho, é que com a redução da oferta o agricultor valorizou o preço, deixando o grão mais caro que em outros Estados, afetando a competitividade local. “Nosso arroz em casca hoje é 23% mais caro do que o do Rio Grande do Sul. Além disso, o frete também encareceu demais. Pagamos R$ 6 por fardo para mandar o arroz para o Sudeste ou Nordeste, o que inviabiliza nosso trabalho”.

Gonçalves conta que sua empresa mandava 30 carretas de arroz para São Paulo até 2006. Este ano não houve envio. A solução que ele encontrou para não perder mercado foi abrir uma filial no Rio Grande do Sul. “É um absurdo porque eu poderia estar gerando mais empregos aqui. Estamos pedindo socorro para o governo. O governo poderia proteger o setor. Estabelecer uma política de proteção mesmo”.

Fonte:Gazeta Digital